Artigo Avulso 📄 Por que vender livros? Ou Por que vocĂȘ faz o que vocĂȘ faz?

Bastian Baltasar Bux nĂŁo estava tendo um de seus melhores dias quando entrou na loja do alfarrabista, o sr. Koreander, cuja entrada dispunha-se assim em imagem informativa:

 

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Também o Sr. Koreander não estava, por regra, afeito à ideia de entabular conversa ou ser o mais saltitante e alegre dos atendentes com aquele menino. E assim nasceu um início para História Sem Fim. <spoiler> A história do menino que entrou no livro.</spoiler> Deu-se, e percebemos claramente, uma apresentação. Não das mais amigåveis e não no melhor dos dias. No mais, acho que ainda se encontra, hoje, um gosto pelo estar entre livros e olhå-los aleatoriamente e, quem sabe, encontrar em algum deles boa companhia. Bastian certamente encontrou bem mais que isso.

Retomei essa sensação de perambular por um lugar repleto de livros, em sua maioria antigos, em um sebo de Campo Grande, o Daniel Livros. Adquiri uma curiosidade recentemente sobre o que levava as pessoas a fazerem o que faziam ou, mais precisamente, ainda que muito mais complexo que minhas meia dĂșzia de palavras poderiam dizer sobre isso, o que as motivava. Perguntei-me: o que leva uma pessoa a fazer o que faz? Por exemplo, nesse alfarrĂĄbio que visitei havia um senhor prestativo a me apontar toda uma seção de livros. Desde muitos anos atrĂĄs, Ă  Ă©poca da faculdade, conhecia esse lugar. Mas por que uma pessoa começaria a vender livros Ă© uma pergunta muito complexa de se responder e teremos que deixar para uma outra ocasiĂŁo em que alguĂ©m que o faça possa responder.

Em A HistĂłria Sem Fim o Sr. Koreander vai dizer algo assim a Bastian:

Na pirùmide de necessidades båsicas de Maslow, as mais båsicas são as físicas. Uma pessoa iria, por exemplo, trabalhar, porque deve comer. Hå outras ainda, sobre segurança, social (relaçÔes sociais; sim, também a parte que na comunicação atual irå por vezes se manifestar por emoji de coraçÔezinho), estima e, então, auto-realização. Uma professora de Psicologia Organizacional uma vez disse, e isso hå uns 13 anos, que futuramente não haveria trabalho para todos. Hoje, vemos pessoas inventando seus próprios trabalhos e tendo que dominar ferramentas de tecnologia em constante metamorfose.

EntĂŁo, esse Ă© o mundo hoje. Eu, na minha falta de funcionalidades prĂĄticas, vejo-me sem perfil definido depois de me deixar levar por momentos de depressĂŁo de encaixe. Acho que vou perfilar meu prĂłprio emprego ideal e, de resto, pensar em me alimentar.


04.08.2020