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pode ser que eu seja relapso desta vez... na
verdade, estou me alimentando agora... te digo... na próxima... por favor...
que seja tapioca de novo. de modo que seja entendido desta vez, estou enviando
uma foto anexa do lugar que tenho cuidado por muitíssimo tempo, ou pelo menos
desde a última vez que te vi ou a quaisquer dos senhorios em nossa Terra de
Senhorios. há uma casa em particular onde garotas de nosso antigo bairro agora
moram. homens vem e vão àquele lugar sem qualquer diligência, e com olhos
famintos e acredito ter visto uma das filhas de Maria lá, ou alguma parente de
Jesus. desculpe meu modo de falar e as palavras que digo sem dizer. logo haverá
clarificação, mas agora estou com pressa e estou terminando de me alimentar. as
casas de que falo são as casas que tenho visto, minhas e de outros, nesta
cidade onde tenho vivido pelos últimos dez anos. algumas são cheias de paz,
outras não. algumas são cheias de pesar. em minhas visitas provavelmente não
parece, mas não raro sinto o que os moradores sentem - há um nome para isso
onde é chamado “empatia” – e levo esse sentimento para casa como se fosse de
alguma ajuda, mas frequentemente há pouco que possa fazer. por vezes o
sentimento parece tremeluzir como luz de vela e tendo a cair no sono
rapidamente, sabendo não mais que pouco sobre os seus futuros.
I may be sloppy this time… actually,
I am eating right now… I tell yo… next time… please… may it be tapioca again. in order for me to be
understood this time, I am sending an attached picture of the place that I have been
looking after for so very long, or at least since I last saw you or any
of the landlords in our Landlord Land. there is a house in particular where the
girls of our old neighborhood now live. men come and go from that place
without any diligence and with hungry eyes, and I believe I have seen one of
Mary’s daughter there, or some relative of Jesus. pardon my way of speaking and
the words I say without saying them. soon there will be clarification, but now I am
in a hurry and am finishing eating. the houses I speak of are the houses that I
have seen, mine and others’, in this city where I have lived for the last ten years.
some are full of peace, others not. some are full of grief. in my visits it
probably does not show, but I not rarely
feel what the dwellers feel – there is a name for it where it is called
“empathy” – and I take that feeling home as if it were of any help, but there
is often little that I can do. at times the feeling seems to flicker like
candlelight and I tend to fall asleep quickly, knowing no more than little
about their future.
~