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Estou aqui agora para não precisar estar aqui depois. Estou contando o tempo para o amanhã não ser em vão, mas incluído em algum silêncio de persistência. Este não é mais o tempo de correr em aparente sóbrio esquema pela floresta sombria. A fugitiva se foi com as lágrimas certa vez derramadas no copo das lamentações e que se juntaram à correnteza do rio, para nunca serem identificadas novamente como as de um lamentador particular. Fugir não é mais uma opção. Quero que saibam que o caminho está mais claro agora. Há uma espécie de amor, o tipo mais forte, que nos faz permanecer. Isso é verdade quando vou para casa. Isso é difícil de acreditar quando estou lá fora, revisitando circunstâncias de um tempo gasto em casas assombradas. E tem sido, a propósito, como se um recado fosse escrito com interrupções e cortes, a ser lido mais tarde, quando no tempo de contarmos a nossa história. (...)
I am here now so
that I need not be here after. I am counting time for tomorrow not to be to no
avail, but included in some persistence silence. This is not anymore the time for running
in apparent sober scheme by the somber forest. The runaway is gone with tears
once shed into the glass of lamentations and which merged with the river
current, never to be identified again as those of a particular lamenter. To run
away is no longer an option. I want you to know that the path is clearer now.
There is a sort of love, the strongest kind, which makes us stay. This is true
when I go home. That is hard to believe when I am out there, re-visiting
circumstances of a time spent in haunted houses. And it has been, by the by, as
if a note was written with interruptions and cuts, to be read later on, when
the time comes for us to tell our story.
(…)