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Mensagem n° 56: Chegarão tarde
Está na hora de encarar. Não há
nada além de um milhão de páginas escritas no deserto e enviadas a outro lugar
com objetivo de manter contato com o recentemente descoberto vislumbre da
liberdade.
Nada além de um desejo leniente permitido a existir
Onde a paciência dos outros vem resistir
Embora sejamos encorajados a
dizê-lo, a mesmo soletrar um nome quando preciso, saber as regras de cor, uma
desconstrução tornou-se prioridade sobretudo porque não haveria mudanças
marcantes com uma voz silenciada por ordens mecânicas e rígidas.
A coragem ainda não me permitiu domar o meu dizer
Isto é tão urgente quanto a necessidade de velejar
Mas aqui permaneço, aqui abandono
Aqui o meu manto mantém meus medos aquecidos
Eles chegarão, oh, eles chegarão tarde
Message n° 56: They
will be late
Its is about time to face it. There is nothing
but a million pages written in the desert and sent elsewhere with aims to keep
in touch with a recently uncovered glimpse of freedom.
Nothing but a lenient wish allowed to exist
Where other’s patience resists
Though we are encouraged to say it, to even
spell a name when needed, to know the rules by heart, a deconstruction becomes
a priority mostly because there would be no remarkable changes with a voice
silenced by strict mechanical orders.
Courage has not yet allowed me to tame my
saying
This is as urgent as the need for sailing
But here I stay, here I forsake
Here my mantle keeps my fears warm
They will be, oh, they will be late
*Mistery painting by Salvador Dali