53
Toc toc.
Tila: Não estava esperando por ninguém que não você.
Dário: E não posso pensar em nada, exceto um nome.
T.: Que seria...
D.: Senescência.
T.: Senescência!? E como foi que surgiu com essa palavra?
D.: É o estado de ser mais velho.
T.: Teoricamente como todos teremos a experiência nós
mesmos. Entendo. Mas por que essa palavra em particular?
D.: Esbarrei com uma senhorita que a gritou muito alto
quando a luz ficou vermelha.
T.: Vermelha?
D.: Sim. E a senhorita bem barulhenta.
T.: Sim, quer dizer, que tipo de senhorita grita quando a
luz se torna tão vermelha?
D.: Não desse jeito!
T.: Eu sei, só adivinhando aqui.
D.: Quando o amarelo dá espaço ao vermelho, envelhecemos.
Paramos de fazer o que estamos fazendo e deixamos que outros se mantenham
fazendo o que algum dia costumávamos fazer.
T.: É mesmo?
D.: Eu acho que é isso que ela quis dizer.
T.: Isso significa que iremos parar de falar um com o outro
algum dia?
D.: Não assim. Há milhões de exceções à regra.
T.: Há muitas coisas que eu costumava fazer, mas não mais.
D.: Isso é crescer.
T.: É mesmo?
D.: Sim, acho que é isso que significa.
(...)
(...)
Knock, knock.
Tila: I
wasn’t expecting anyone but you.
Dário: And
I can’t think of anything, except one name.
T.: Which
would be…
D.:
Senescence.
T.: Senescence!?
And how did you come up with that word?
D.: It is
the estate of being older.
T.: Theoretically
as we will experience us all. I see. But why this word in particular?
D.: I have
stumbled across a lady who screamed it very loudly when the light turned red.
T.: Red?
D.: Yes.
And the lady was very loud.
T.: Yes, I
mean, what kind of lady screams when the light becomes so red?
D.: Not
like that.
T.: I know,
just guessing.
D.: When
yellow gives space to red, we get old. We stop doing what we are doing to let
others keep doing what we once used to do.
T.: Is that
so?
D.: I think
that’s what she meant.
T.: Does
that mean we will stop talking to each other someday?
D.: Not
like that. There are a million exceptions to the rule.
T.: There
are many things that I used to do, but I don’t anymore.
D.: That’s
growing up.
T.: Is that
so?
D.: Yes, I think that's what it means.
(...)
(...)
~