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De repente, na
consciência, algo se submete a uma apreciação meticulosa que julga a maior
parte dos acontecimentos como se não passassem de ilusões e isto poderia se dar
na medida categórica das paixões e sentimentos com relação ao pequeno conjunto
familiar de pessoas, a dita família, ou a outro grupo onde as relações se façam
relevantes e recíprocas. Mas de que outro modo senão uma extensão da ilusão ao
globo poderia expor o que perturba a ordem interna de agora?
Votamos pelo
que vemos. Ilusión no espanhol será
tanto uma ilusão quanto, a depender do contexto, a expectativa, a esperança. Se
temos a ilusão, a esperança, por sua vez, retém um quê de imaginário que nos
compele a acreditar.
Se escolhem
diferente de mim, só um vence e me representa na peremptória governabilidade
democraticamente decidida. Decididamente, por exemplo, um país sofre as
consequências por procurar libertar e votar no condenado a escolher o juiz. E
quanto mais se apoia um valentão mais ele se torna a nova cara de uma nação,
mais ele se firma como a fiel representação de seu povo. A fiel representação
de mim. Há algum tempo, não muito, Trump havia sido associado a essa dimensão de figura representativa.
Não desejava
um intelectualismo vão. Acima de tudo, o amor nos conduz à justa medida e ele
só se afasta de uma ilusão se as vendas são tiradas dos olhos para o que passa
no todo que suplanta as aparências. Não somos deuses a decidir quem morre ou
vive, mas, ainda assim, formamos aquela massa gigantesca que ainda tem o poder
de decisão num aparato invisível a que um dia deram o nome de democracia.
Não importa
agora que uma nova consciência e um novo tipo de interesse se tenha acrescido a
respeito da corrupção em determinada governança circunstancial, sob determinado
partido. É, sim, com alguma esperança e além da ilusão
com o relacionamento em escala global com aquilo que temos por mundo, o momento de seguir ampliando a
consciência e escolhendo nosso “próprio modo de queimar” quando “uma pequena
vela extingue-se assim como uma tocha flamejante o faz”*.
