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Henna
era uma planta que se tornou o pó que foi misturado com água e fez meu
antebraço parcialmente estrelado enquanto uma nave espacial “pousava” em meu
corpo. Esta é uma habilidade ainda não aprendida por minhas mãos, um artesanato
corporal que encontrou uma artesã alegre que desenhou uma nem tão identificável
figura a princípio, que aprendi a apreciar depois.
A
imagem desbotaria vagarosamente. Quando menos esperado, seus tons intensos
tornar-se-iam bons tons intermediários. Esfreguei o local do desenho notando
que estava tudo bem não ser tão cuidadosa, pois era de fato para desaparecer
eventualmente. Pessoas bem-informadas dirão que certos compostos químicos
artificiais vastamente expressos por suas fórmulas simbólicas irão fazer os
componentes da tinta perigosos. Felizmente não tive reações alérgicas aos
elementos da Natureza que fizeram da minha tatuagem temporária um consistente
trabalho de arte agora ocultado por baixo de minha blusa de mangas compridas.
Moni
manteve seus pés descalços em minha casa. Ela disse que, de acordo com o feng shui, sapatos trariam impurezas de
fora para dentro da casa. Parece que as folhas de Henna nos servem bem
decorativamente e como purificadoras do ar em algum ponto de suas vidas, assim
como a hortelã deu a um sanitário regular um odor prazeroso distinto que
astutamente mascarava a condição fedorenta presente na atmosfera. (...)
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