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Você nunca realmente sabe quando
essas coisas podem ter um impacto sobre você. Em um momento, você está perdida
e no outro você está dentro disso, em algo no qual você parece pertencer, algo
que lhe dá referência na sociedade ou o que quer que pareça ser importante com
um consistente estado estabelecido de ordem. A sociedade é caótica, alguns dizem. Mas
é também ordem, a base para a qual voltar quando tudo parece perdido. Bem, é!?
Estava perdida quando comecei a
trabalhar para uma grande companhia. Encarei o sistema em um ambiente
microcósmico e nele encontrei referência e me perdi de mim mesma também. Porque
encontrar uma aparente âncora que defina nossa posição na vida não nos faz
automaticamente parte de algo, não mesmo. Todas as regras e sorrisos simpáticos
estavam ligados a uma noção de bem-estar que vinha em formas de rosas com
espinhos.
Costumava pensar que esses
pensamentos eram reflexo de meu tipo melancólico de ser, mas, na verdade,
acredito que seja uma verdade disfarçada por bem por um tipo de mente de algum
modo impaciente, curioso, ativo. Minha verdade, deveria dizer. Note que estou
tentando preservá-la.
Bem, conto-lhe sobre esses
sentimentos que tenho ocultado por um propósito dentre talvez outros e a razão
é justificar minha atual decisão de desistir do sistema como o conheço agora,
pois não é suicídio social tentar descobrir o que é bom para mim por aí afora.
E se o que digo faz algum sentido para você, então o propósito de minha
publicação alcançou seu objetivo, já que significa que encontrei um pouco de
mim em outros que acham um pouco de sentido no que penso.
Dia um. Eu, Maria. Em busca de um propósito.
Uma garota deve começar de novo em algum momento.
23.04.2010